A Comissão Europeia reviu em alta as previsões de crescimento para Portugal. Em vez de 1%, a Comissão prevê agora que a economia portuguesa cresça 2,4% este ano, e 1,8% em 2024.
Segundo as novas projeções, Portugal vai crescer significativamente acima da média da União Europeia e da Zona Euro. Apesar de os parceiros europeus também terem agora melhores perspetivas, a Comissão Europeia espera um crescimento de 1% para a UE e de 1,1% para os países da moeda única, este ano. Para 2024, a expectativa é de um crescimento de 1,7% na UE e 1,6% na zona euro.
Quanto à inflação, a Comissão espera um abrandamento da subida de preços em Portugal este ano, embora antecipe ainda um valor elevado. A expectativa é de um índice harmonizado de preços de 5,1%, um valor que iguala a previsão do Governo.
O Primeiro-Ministro António Costa afirmou, numa declaração na
Islândia, onde está em visita oficial, que «quando temos uma boa notícia na economia, isso não nos deve fazer descansar. Pelo contrário, deve fazer-nos compreender o seguinte: Tal como nas bicicletas, ou continuamos a pedalar e a economia continua a crescer, ou se paramos então a bicicleta não anda e até pode mesmo descarrilar».
Assim, «a solução é mesmo continuar a pedalar para que a economia continue a dar bons resultados, traduzindo-se numa melhoria da qualidade de vida dos portugueses».
Portugal terá de «continuar a manter um elevado nível de emprego, porque essa é a melhor forma de a economia se traduzir no dia-a-dia das pessoas», disse.
Terá também de «manter a trajetória de recuperação dos rendimentos, que está patente no acordo de concertação social que assinámos de forma a garantir que, no final da legislatura, os salários dos portugueses aumentam o seu peso no Produto Interno Bruto para 48%, ou seja, a média comunitária».
Os dados mostram que o País deve «continuar a adotar o mesmo tipo de medidas de combate à inflação, com redução do IVA, apoios às famílias, aumento intercalar dos vencimentos a pagar este mês à função pública e, em julho, aos pensionistas».
António Costa afirmou ainda que «continuar a sustentar as políticas de rendimentos é da maior importância», e, ao mesmo tempo, «continuar a ter recursos para melhorar o Serviço Nacional de Saúde ou a escola pública».
Atualizado às 17h15