O Conselho de Ministros realizado em Évora, no âmbito da iniciativa Governo mais próximo, aprovou dois diplomas da área da Cultura que criam uma nova organização para os serviços do património Cultural, que estão reunidos numa Direção Geral.
O Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, referiu que a reorganização destes serviços é um objetivo do Programa do Governo, destinado a criar «uma gestão renovada dos museus, monumentos e património que corresponde a um potencial de valorização dos territórios, da experiência dos visitantes e dos públicos».
Esta nova forma de gestão deverá consolidar a «nossa identidade coletiva, que se forma também em torno das coleções, monumentos e museus», e gerar «oportunidades económicas significativas associadas ao património», disse.
Pedro Adão e Silva afirmou que «são criadas duas entidades, uma empresa Museus e Monumentos de Portugal, sediada em Lisboa e com perfil de gestão empresarial para gerar mais valor para investir na sua qualificação e nas coleções nacionais, e um instituto público de salvaguarda do património que terá sede no Porto».
Esta reorganização terá «um período de transição durante o qual, em conjunto com a criação das duas novas entidades, se fará a desconcentração na cultura, articulada com o processo de descentralização, que levaremos mais longe, para que a 1 de janeiro de 2024 estejam em funcionamento as duas novas entidades e esteja consagrado o processo de desconcentração», disse também.
O Ministro acrescentou que «isto corresponde a uma nova ambição na política cultural que coloca o foco na experiência do visitante, na valorização do património e no envolvimento da sociedade, quer no processo de desconcentração e de descentralização, quer também na forma como queremos trazer a sociedade civil e os privados para a nova empresa».