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Primeiro-ministro afirmou esta tarde que o Conselho de Ministros da próxima quinta-feira vai aprovar uma nova medida para apoiar as famílias
António
Costa referiu hoje (19 de setembro) que o Conselho de Ministros da próxima
quinta-feira vai aprovar uma nova medida que "permitirá a redução e
estabilização por dois anos do montante da prestação mensal" dos créditos à
habitação.
O
primeiro-ministro falava na Assembleia da República, no debate da moção de
censura ao Governo, onde sublinhou que esta medida vem garantir
"previsibilidade na vida das famílias", face aos sucessivos aumentos das taxas
de juro, decididos pelo Banco Central Europeu (BCE). E vem somar-se a outras
iniciativas que o Executivo tem vindo a adotar no domínio da habitação, para
responder à conjuntura atual, como a criação de um subsídio de renda "que apoia
mensalmente 185 mil famílias". António Costa relembrou que foi também
reintroduzida uma bonificação de juros para as famílias com crédito à
habitação, medida que o Governo vai "agora melhorar".
A
habitação não é uma preocupação recente do Executivo, sublinhou o
primeiro-ministro na Assembleia da República, lembrando a Nova Geração de
Políticas de Habitação, lançada em 2018; a primeira lei de Bases da Habitação,
lançada em 2019; ou a negociação e previsão de um investimento de 2700 milhões
de euros no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para financiar o
investimento neste setor - um montante reforçado em 500 milhões de euros na
atual reprogramação.
"Temos
uma meta concreta e um calendário conhecido: aumentar a oferta pública de
habitação em 32.800 fogos até 31 de dezembro de 2026", afirmou António Costa, destacando
que "267 municípios já contratualizaram com o Estado as suas Estratégias Locais
de Habitação" e que, dos mais de 30 mil fogos previstos, "cerca de 18.000 já
estão em fase de obra ou projeto".
Já
o programa Mais Habitação, "para além dos incentivos fiscais e de medidas que
asseguram maior disponibilidade de fogos para arrendamento" e que aguardam
confirmação da Assembleia da República, veio "alargar o Porta 65 a famílias
monoparentais ou com quebras de rendimento e - decisivo - eliminar barreiras
burocráticas e simplificar os processos de licenciamento de construção de fogos
para habitação".
No
acesso à habitação dos mais jovens, a dotação do Porta 65 foi reforçada, o que
permitiu que este ano e pela primeira vez "tivessem sido apoiados todos os
agregados que se candidataram e eram elegíveis".
Mais recursos humanos e
financeiros, mais cuidados de Saúde
Na
intervenção inicial na Assembleia da República, António Costa percorreu também
as medidas tomadas no setor da Saúde, que beneficia hoje de "mais recursos
financeiros e mais recursos humanos, que se traduzem em mais cuidados de saúde
prestados".
"Desde
2015 aumentámos em mais de 50% o orçamento do Serviço Nacional de Saúde e
reforçámos em 25% o número de profissionais de saúde: hoje temos mais 6.469
médicos, mais 11.838 enfermeiros, mais 2.198 técnicos de diagnóstico", referiu
o primeiro-ministro, sublinhando que, em comparação com igual período de
2015, "este ano temos mais 755.622 consultas hospitalares, mais 2.120.614 de
consultas nos cuidados de saúde primários e mais 103.572 cirurgias".
Um
"trabalho diário dos profissionais do SNS, que prestam um serviço de excelência
aos portugueses".
Um
reforço de recursos financeiros e humanos que tem vindo a ser posto em prática
ao longo dos últimos anos e que é agora acompanhado por uma "reforma profunda
na organização do Serviço Nacional de Saúde".
"Depois
da criação da Direção Executiva do SNS, avançamos agora com o modelo integrado
de gestão dos cuidados de saúde primários e dos cuidados hospitalares,
generalizando a todo o País o modelo das Unidades Locais de Saúde", especificou
o primeiro-ministro, acrescentando que este novo modelo organiza o trabalho dos
profissionais de saúde "em equipas multidisciplinares, com incentivos próprios
à prestação de mais e melhores cuidados aos utentes, num quadro de dedicação
plena ao SNS".
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