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2023-06-07 às 16h43

Governo reprivatiza Efacec

Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, e Secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, anunciam o vencedor da reprivatização da Efacec, Lisboa, 7 junho 2023 (foto: Manuel de Almeida/Lusa)
O Conselho de Ministros eletrónico aprovou a proposta da empresa de investimento alemã Mutares para a privatização da Efacec. 

O Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, em conferência de imprensa, em Lisboa, disse o negócio principal da empresa alemã é investir em empresas com dificuldades. Nos últimos anos, a empresa alemã realizou 75 operações deste tipo «com elevado sucesso».

A proposta foi «meticulosamente analisada» e garante o futuro e a manutenção da Efacec enquanto «um grande projeto industrial e tecnológico» sediado em Portugal, mantendo também os seus trabalhadores

Costa Silva explicou que a Mutares identificou quatro grandes produtos na Efacec, nos quais será assente a estratégia da empresa: transformadores, aparelhos e equipamentos, soluções de automação e mobilidade elétrica.

A empresa alemã apresentou ainda um mecanismo de partilha de valor, que vai permitir ao Estado português recuperar o investimento de 132 milhões de euros, a que se somam 85 milhões de euros em garantias.

Esta decisão é «um passo significativo, mas não final» no processo de reprivatização, uma vez que a sua concretização depende do acordo com a União Europeia, em particular com a direção-geral da concorrência.

O ponto mais sensível é a negociação que a Mutares terá de fazer com os credores financeiros da Efacec, alguns dos quais «já deram sinais de querer participar» no esforço de recuperação da empresa.

O Secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, referiu que a Parpública, que geriu o processo, recebeu propostas vinculativas melhoradas de quatro dos candidatos (Mutares, Oaktree, Oxy Capital e Agrupamento Visabeira-Sodecia) à compra de 71,73% da Efacec, tendo os outros desistido.

As condições do Governo para reprivatizar a empresas que nacionalizara para garantir a sua continuidade na sequência da saída de um dos investidores, por ser estratégica para a economia nacional, eram que se mantivesse como uma só empresa, que a solução fosse equilibrada e que fosse assegurada a sua continuidade em Portugal.