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2023-11-28 às 13h55

Inaugurado primeiro navio elétrico da Transtejo

«Cegonha Branca», primeiro navio da frota elétrica da Transtejo/Soflusa, Seixal, 28 novembro 2023 (foto: António Cotrim/Lusa)
Primeiro-Ministro destacou a redução do custo de operação e ambiental 

Os novos navios elétricos da Transtejo/Soflusa são «mais uma contribuição para diminuir a emissão dos gases com efeito de estufa», disse o Primeiro-Ministro, António Costa, na viagem inaugural do primeiro navio, entre o Seixal e Lisboa. 

«São navios mais cómodos, vão transportar mais pessoas, com um ganho efetivo na capacidade de transporte com menor custo para a operação e menor custo ambiental», acrescentou, a bordo do primeiro de dez navios elétricos que vão operar entre as margens norte e sul do Tejo.

António Costa disse também que a Área Metropolitana de Lisboa «é uma grande cidade de duas margens e o que se quer entre as duas margens é que se possam aproximar».

O transporte público com menor emissão de gases com efeito de estufa exige investimentos para melhorar a qualidade, disse, referindo a importância do lítio nestas tecnologias. Portugal tem este minério, crucial para a produção de baterias elétricas, usadas em telemóveis, automóveis ou nestes barcos. «Este barco não andaria se não houvesse mineração de lítio», referiu.

«Esta é uma oportunidade extraordinária para o país, que durante muitas décadas se queixou de não ter reservas naturais. Pois desta vez temos uma das maiores reservas europeia de lítio e este é um grande recurso natural que vai valorizar a economia do país no futuro», sublinhou.

Nas anteriores revoluções energéticas, Portugal ficou de fora porque não tinha carvão, gás nem petróleo. Nesta nova transição, Portugal tem, não só o solo, o vento, e o poder hidráulico como também o lítio, disse ainda.

Frota da TT/SL

O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, disse que, com a inauguração do navio, «cumpre-se um passo fundamental para a renovação da frota da Transtejo», uma operação com ganhos ambientais, operacionais e sociais.

O «Cegonha Branca», entregue em março passado, é o primeiro dos dez navios elétricos que iniciarão a  operação no Tejo até 2025. Mais sete deverão ser entregues em 2024, dos quais dois em fevereiro, permitindo assegurar a ligação fluvial entre o Seixal e o Cais do Sodré (Lisboa).

O Ministro disse ainda que estão em curso as obras de instalação dos postos de carregamento dos navios, estando concluídas em dezembro no Seixal, seguindo-se Montijo em fevereiro, Cais do Sodré em maio e Cacilhas em junho.

«É um projeto que vai elevar a operação de transporte fluvial de passageiros a um serviço público de referência internacional. Fiável, seguro, confortável, sustentável, contribuindo de forma decisiva para descarbonização da mobilidade da Área Metropolitana de Lisboa», disse.

Segundo os cálculos da empresa, a nova frota evitará o consumo de mais de cinco milhões de litros de gasóleo, o que corresponde a uma poupança de emissão de gases com efeito de estufa superior a 13 mil toneladas de CO2.