Primeiro-ministro inaugura residência estudantil no Porto

É a primeira de três novas residências da Universidade do Porto: na tarde desta quarta-feira, 13 de setembro, foi inaugurada a residência universitária Ventura Terra, com 54 camas, em 25 quartos duplos e dois estúdios. 

Resultado da reabilitação e adaptação de um antigo edifício administrativo da Universidade do Porto, que se encontrava em desuso, a nova residência traduz-se na primeira fase de um plano que envolve, no total, a construção de três novas residências com 411 novas camas e a requalificação de outras quatro, com capacidade total para 701 estudantes. Um investimento de 32 milhões de euros, 20 milhões diretamente financiados pelo PRR.

Depois de, durante a manhã, ter assinalado o arranque do ano letivo na centenária Escola Secundária Alexandre Herculano, agora requalificada, o primeiro-ministro esteve presente na inauguração da residência da Universidade do Porto,  que qualificou como  "particularmente importante". 

António Costa lembrou o "plano muito ambicioso", envolvendo, além do Estado central, universidades, politécnicos, autarquias ou entidades do setor social e solidário, para aumentar o número de alojamentos destinados aos alunos do ensino superior. "O PRR veio dar-nos uma enorme oportunidade para acelerar a execução deste plano. Na versão inicial tínhamos 375 milhões de euros, que já foram duas vezes reforçados", sublinhou o líder do Executivo, evocando o reforço de 73 milhões através do Orçamento do Estado, para dar resposta a todas as candidaturas apresentadas.

Isto num "período particularmente difícil" para execução de obras: "primeiro a Covid, depois a guerra introduziram quer falta de material, quer falta de mão de obra, e sobretudo um elevado aumento de preços". E é por isso, acrescentou, que a reprogramação que o Governo apresentou em Bruxelas, e que deverá ser aprovada em breve pela Comissão Europeia, prevê "um aumento de 19% na dotação em tudo o que é investimento nos diferentes setores dos programas de habitação, para podermos ter recursos suficientes para fazer face ao incremento de custos que todos estes projetos têm".

Lembrando que o objetivo passa por duplicar a oferta pública de alojamento estudantil até 2026, António Costa sublinhou que há muito trabalho pela frente: "Cada vez que inauguramos uma residência devemos ter cinco minutos de satisfação por este trabalho estar concluído, mas depois temos de ter mais cinco minutos de motivação acrescida para fazermos tudo aquilo que ainda está por fazer". 

"Sempre que nasce uma residência não falamos apenas de habitação", defendeu a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato. "Falamos da concretização das aspirações de jovens que, neste caso, querem estudar na Universidade do Porto e frequentar o curso dos seus sonhos", continuou. 

A Ministra lembrou também que este esforço na melhoria significativa das condições de alojamento tem sido acompanhado por um compromisso relevante por parte do Governo no reforço dos apoios de ação social, mencionando medidas como o aumento das bolsas de estudo e do complemento de alojamento, o alargamento do universo de beneficiários das mesmas ou a criação de novos tipos de apoio aos estudantes deslocados. "Hoje temos mais estudantes a beneficiar de apoios de ação social e a saber mais cedo com o que podem contar", uma vez que o calendário escolar foi antecipado e os alunos bolseiros ficaram a saber que tinham direito a bolsa de estudo na altura das colocações, logo no final de agosto.