Os resultados da economia portuguesa no primeiro trimestre deste ano «são excelentes», disse o Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, numa declaração à Lusa. O Instituto Nacional de Estatística divulgou que o Produto Interno Bruto cresceu 2,5% no primeiro trimestre de 2023 face ao mesmo período do ano passado e 1,6% face ao trimestre anterior.
«O crescimento homólogo de 2,5% compara-se com o primeiro trimestre do ano passado, que foi um ano em que a economia teve um desempenho bastante positivo, e o crescimento em cadeia também é outro indicador de grande confiança na atividade económica do País», afirmou António Costa Silva.
O Ministro salientou ainda o aumento de 13,3% das exportações no primeiro trimestre (dados divulgados também hoje pelo INE) dão «grandes condições de confiança para o desempenho da economia portuguesa neste ano». No atual «cenário de grande incerteza a nível internacional, a certeza da resposta da economia portuguesa é reconfortante».
O INE referiu que se verificou uma aceleração das exportações de bens e serviços e um abrandamento das importações de bens e serviços, ambas acima do que se tinha verificado no trimestre anterior.
Referindo que o País teve, pela «primeira vez nos últimos tempos, uma balança comercial positiva no primeiro trimestre» (as importações aumentaram 8,7% e as exportações aumentaram 13,3%), acrescentou que «temos de ser um País que cada vez incorpora mais conteúdo nacional nas exportações».
No bom caminho
Costa Silva disse que Portugal «está no bom caminho», impondo-se «políticas públicas sólidas para consolidar este percurso», manifestando esperança de que a economia possa crescer acima dos 1,8% previstos pelo Orçamento do Estado para este ano.
«A economia portuguesa tem demonstrado que tem um grau de resiliência grande e é esse entusiasmo que vejo nos múltiplos setores e que pode catapultar-nos para crescimentos acima das expectativas», disse ainda.
Aumento da confiança
O Ministro referiu também que «o indicador do clima de confiança económico tem aumentado e a confiança dos consumidores também, o que dá condições ao Governo – como o Governo está a fazer –, para utilizar todos os instrumentos possíveis para ajudar as famílias, as empresas e os pensionistas».
Após o Produto Interno Bruto português ter superado no ano passado, pela primeira vez, os 210 000 milhões de euros, é possível que o País alcance, «dentro de alguns anos, os 250 000 milhões de euros» e que, no fim da década, atinja os 300 000 milhões de euros.
Quebra na inflação
Quanto à inflação (o aumento de preços), «a estimativa preliminar que o INE aponta é de cerca de 5,7% em abril e, portanto, se isto se confirmar, é o sexto mês consecutivo em que a inflação se está a reduzir. Recordo que, em março, era de 7,4%, portanto temos uma queda apreciável» que é confirmada pela queda dos preços dos bens energéticos e de alguns bens alimentares, afirmou, acrescentando acreditar «que isso vai criar condições, também, para o consumo interno se desenvolver».
O INE referiu que o contributo da procura interna para a variação do PIB se manteve positivo no primeiro trimestre, mas inferior ao observado no trimestre precedente, em resultado da desaceleração do consumo privado e da redução do investimento.