Banco de Portugal aumentou as previsões do crescimento económico de 1,8% para 2,7%, sublinhou o Primeiro-Ministro
A transformação estrutural da economia portuguesa é a causa de o Banco de Portugal ter aumentado a estimativa do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,7% em 2023, disse o Primeiro-Ministro, António Costa.
António Costa fez a segunda etapa do roteiro «
Agenda mais crescimento», tendo visitado a multinacional Schréder, no concelho de Oeiras, empresa que é um dos líderes mundiais em soluções inteligentes no mercado da iluminação.
«O Banco de Portugal (BdP) publicou hoje as novas previsões para o crescimento económico deste ano. Tinha previsto 1,8% e aumentou para 2,7%, o que representa uma grande subida nas perspetivas de crescimento económico para 2023», sublinhou.
Contudo, o mais importante é que esta estimativa «sinaliza que esse crescimento assenta numa mudança estrutural da economia portuguesa», disse, acrescentando que «o primeiro fator que o BdP enfatiza é o das qualificações» que evoluíram significativamente ao longo dos últimos 30 anos.
Demonstração prática
O Primeiro-Ministro disse que esta empresa é «a demonstração prática da evolução da economia portuguesa»: a Schréder instalou-se a Portugal na década de 1950, para produzir luminárias, e hoje «cria em Portugal novos produtos. Tem excelentes operários, mas também dispõe uma excelente gama de engenheiros, dos quais 10 doutorados».
«Este candeeiro – exemplificou – também permite carregar carros elétricos e disponibiliza informação fundamental para uma gestão mais eficiente do espaço urbano, porque dá informações sobre a humidade e o clima, permitindo gerir a rega. Também melhora a regulação do sistema semafórico, já que dá informações sobre o tráfego».
Apontou ainda outros exemplos no quadro da «Agenda mais crescimento»: as exportações das componentes de automóveis aumentaram 22%; Portugal é «o primeiro país europeu na produção de bicicletas» e fornece «um quarto do mercado europeu das bicicletas, em particular das elétricas».
Elevada resiliência
António Costa disse ainda que as empresas portuguesas demonstraram uma elevada resiliência durante os dois anos de pandemia de Covid-19 e responderam positivamente a «choques inesperados e com a violência daqueles que temos conhecido».
A Schréder é uma empresa do ramo da iluminação que iniciou a sua atividade em Portugal em 1956, teve uma faturação de 50 milhões de euros em 2022, tem 197 funcionários e 60% da sua produção industrial destina-se a exportação.
O Primeiro-Ministro foi acompanhado pelo Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, e pelo Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, António Mendonça Mendes.