«Este é um programa de desafios e convicções», disse a Ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no
discurso de encerramento do debate do
Programa do Governo, na Assembleia da República.
A Ministra reforçou que «este é um programa que prossegue uma trajetória de crescimento e de desenvolvimento e uma trajetória de convergência com a União Europeia» e sublinhou que é «um projeto para quatro anos e meio de trabalho intenso, focado na recuperação do País, que responde às necessidades das famílias e das empresas, para alcançarmos um maior prosperidade, justiça e igualdade».
Clima e população
Mariana Vieira da Silva apontou os quatro grandes desafios que se colocam a Portugal, começando pelo «decisivo e urgente» desafio climático e ambiental, e afirmou que Portugal pode vencê-lo "se reforçar o peso das renováveis, se investir mais na eficiência energética e se aumentar o peso da economia circular».
A Ministra referiu, ainda, que o País não consolidará o caminho para o desenvolvimento para todos se não responder à crise demográfica, apontando a necessidade de avançar «com a Agenda do Trabalho Digno e a Agenda da Conciliação, com o compromisso de creches para todos e de habitação acessível». Lembrou, ainda, a importância de Portugal continuar a ser um «país aberto à imigração sustentada e inclusiva».
Transição digital
A oportunidade de convergência e desenvolvimento criada pela resposta europeia à pandemia só se concretizará «se estivermos preparados e aproveitarmos plenamente a transição digital», afirmou.
Ou seja, «se dermos um novo salto nas qualificações, se apostarmos no conhecimento, na ciência e na inovação, para transformar o nosso tecido produtivo, e se apostarmos na digitalização para tornar as empresas e a administração pública mais produtivas e mais capazes de dar respostas eficazes às necessidades dos cidadãos».
Combate às desigualdades
Mariana Vieira da Silva disse, ainda, que o combate às desigualdades é «um imperativo de justiça social e de cidadania, mas também de crescimento sustentável».
Neste âmbito, a Ministra defendeu que este desafio pode ser respondido «se levarmos a cabo um combate sem tréguas à pobreza, se apostarmos no apoio à infância e na educação, para erradicar a reprodução das pobrezas, se aumentarmos o peso dos salários na riqueza do País e se continuarmos a remover os obstáculos à plena realização pessoal, social e profissional das mulheres, porque um país que abdica do pleno potencial de metade da sua população, está a autolimitar-se no seu desenvolvimento».