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Comunicados

2024-06-11 às 9h47

Governo e municípios aceleram resposta à habitação digna com as primeiras 3 000 casas

  • Termo de responsabilidade e aceitação permite aos municípios acelerar a construção e reabilitação de casas para entrega às famílias mais vulneráveis
  • Projetos assinados no Alentejo, Algarve, Norte e Centro são financiados com verbas do PRR, num total de 328 milhões de euros
  • Medida inscrita no programa Construir Portugal tem como objetivo cumprir a meta do PRR de desbloquear 26 000 casas até 2026
Processo arranca em quatro regiões com 328 milhões de euros

O Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e o Ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida, iniciam hoje e amanhã o processo de assinaturas dos termos de responsabilidade e aceitação com os municípios que vão permitir acelerar as candidaturas ao Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A medida, que faz parte da estratégia para a habitação do Governo, prevista no programa Construir Portugal, arranca com as assinaturas e homologação dos termos de responsabilidade celebrados com mais de 80 municípios das regiões do Alentejo, Algarve, Centro e Norte.

O termo de responsabilidade vai permitir às Câmaras Municipais avançarem na construção ou reabilitação de edifícios para habitação digna destinada às famílias mais vulneráveis, ficando a aprovação das candidaturas pelo Instituto de Habitação e Reabilitação (IHRU) para uma fase posterior.

Em causa nas quatro regiões estão projetos com um valor global de 328 milhões de euros, destinados à construção ou reabilitação de 2.871 fogos, tendo como objetivo contribuir para o cumprimento da meta celebrada entre Portugal e a Comissão Europeia, no âmbito do PRR, de entregar 26.000 casas às famílias até junho de 2026.

Este objetivo só será possível com o compromisso de todos os agentes no processo.

O Governo entende o poder local como a linha da frente na execução do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, consubstanciado nas Estratégias Locais de Habitação (ELH) e na resposta massiva que deram ao desafio.

Para isso, foram criadas condições, no âmbito da resposta pública, para que as Câmaras Municipais possam concretizar as suas ELH, naquilo que foram as suas propostas no combate às situações de carência habitacional identificadas nos seus territórios.

O PRR prevê um investimento de 1,8 mil milhões de euros no Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, que permitirá dar resposta a 26 000 famílias até 2026.

Considerando a urgência em resolver a crise habitacional no país, o Governo tem já em curso um conjunto de medidas que concretizam a estratégia do Construir Portugal:
  • Adoção do termo de responsabilidade pelas Câmaras Municipais, para o desbloqueio de 26 000 casas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)
  • Revogação do arrendamento forçado ou coercivo aplicado a habitações devolutas
  • Revogação da Contribuição Extraordinária sobre o Alojamento Local (CEAL), da caducidade da licença e transmissibilidade e da alteração ao coeficiente de vetustez
  • Correção de distorções no programa de apoio extraordinário à renda
  • Alteração das regras do IRS, eliminando obstáculos fiscais à mobilidade geográfica por motivos laborais
  • Novo regime legal semiautomático de aproveitamento de imóveis públicos devolutos ou subutilizados
  • Garantia Pública aos jovens para viabilizar o financiamento bancário
  • Isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e do Imposto de Selo (IS) na compra da primeira casa para jovens até aos 35 anos
  • Reformulação do Porta 65
  • Programa de Emergência para o Alojamento Estudantil.