A ajuda portuguesa à Ucrânia alcançará este ano mais de 220 milhões de euros, anunciou o Primeiro-Ministro Luís Montenegro na capital dos Estados Unidos da América, onde participa na
cimeira dos 75 anos da Aliança Atlântica. O mesmo valor será igualmente atribuído em 2025.
Luís Montenegro disse também que formalizou o compromisso de apresentar, na cimeira, um plano para que Portugal atinja um investimento em segurança e defesa de 2% do Produto Interno Bruto em 2029, representando um montante de 6 mil milhões de euros.
O compromisso foi formalizado «numa carta que enviei ao secretário-geral da NATO de que o atingir dos 2% da nossa despesa orçamental com a área da defesa será um ano antes daquilo que estava previsto, em 2029», disse.
Neste investimento na segurança e defesa, «está também contemplada uma contribuição financeira de grande monta nesta coligação internacional à volta do apoio militar, humanitário, político e económico à Ucrânia», disse também.
O investimento em defesa «é um esforço que tem o retorno da atividade económica que pode ser gerada», afirmou.
Este investimento «será centrado na tecnologia», no conhecimento em materiais e equipamentos. «Temos, por exemplo, ao nível dos drones, dos veículos não tripulados, uma competitividade muito significativa, e temos depois outros materiais que são conexos, por exemplo, à nossa indústria têxtil, altamente competitiva para muitos dos equipamentos que as forças militares necessitam», referiu.
Investimento nas carreiras
O Primeiro-Ministro afirmou também que haverá um reforço do investimento «nas capacidades de recrutamento e retenção de capital humano e na valorização da carreira dos militares».
«Vamos também precisar de fazer um investimento no apetrechamento das nossas Forças Armadas com os equipamentos que estão na Lei de Programação Militar», disse, apontando a aprovação no
Conselho de Ministros de 4 de julho de uma resolução que autoriza o início das discussões técnicas e negociais para a eventual aquisição de aeronaves A-29 Super Tucano.
Luís Montenegro é acompanhado dos Ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e da Defesa Nacional, Nuno Melo.