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2024-07-01 às 13h20

Competitividade económica da Europa para alicerçar as políticas sociais

Primeiro-Ministro, Luís Montenegro e Presidente eleito do Conselho Europeu António Costa, Lisboa, 1 julho 2024 (foto: Gonçalo Borges Dias /GPM)

A Agenda Estratégica da União Europeia "incorpora vários e importantes objetivos desde logo um possível alargamento com implicações que naturalmente são grandes do ponto de vista da alteração e reforma das instituições europeias" – disse o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro numa declaração antes de um almoço de trabalho com o ex-Primeiro-Ministro e futuro presidente do Conselho Europeu, António Costa.


Luís Montenegro apontou a competitividade económica da União Europeia como um dos principais objetivos desta agenda e que só ela poderá trazer o crescimento económico ao espaço europeu para que possa depois sustentar objetivos sociais e estratégicos ao nível da transição digital, energética e ecológica.


Além disto, teremos de "negociar um próximo quadro plurianual financeiro que trará também ele, nesta conjuntura, novas exigências. Sabemos que Portugal é, deste ponto de vista, um país com interesses estratégicos muito próprios», apontando «a manutenção das políticas de coesão, a participação enquanto Estado-membro em novos processos de financiamento para projetos comuns e a alavancagem das economias dos Estados-membros".


O Primeiro-Ministro sublinhou que o pilar da segurança e defesa assumiu uma importância relevante e Portugal já desde o Governo liderado por António Costa e agora com o atual Governo, tem estado sempre na linha da frente.


"A este propósito estivemos e estamos empenhados em continuar a garantir a ajuda à Ucrânia, com vista a ultrapassar esta situação de tanto sofrimento do ponto de vista humanitário, mas também de tanto prejuízo do ponto de vista económico", referiu.


Luís Montenegro afirmou também que "estaremos como sempre temos estado, a dar contributos positivos para a evolução na situação no Médio Oriente. Portugal tem, quer ao nível das suas estruturas políticas e órgãos de soberania quer ao nível da sua diplomacia, créditos para intervir como um mediador importante e é isso que temos vindo a fazer".


"Os objetivos comuns da União Europeia e de Portugal, como o aprofundamento das relações internacionais (…) vão requerer dos Estados-membros e do presidente do Conselho Europeu, uma intervenção que julgamos que será muito valorizada pela escolha que os 27 Estados-membros fizeram", ao optar por António Costa, disse ainda.


O Primeiro-Ministro afirmou que "a confiança que António Costa recebeu no Conselho Europeu foi esmagadora" e que "as suas características para o exercício desta função têm um consenso generalizado em toda a União Europeia e nos seus líderes".


Referiu ainda que "o trabalho que António Costa vai desenvolver como Presidente do Conselho Europeu será seguramente positivo" e que, para nós, portugueses, "é um motivo de orgulho e satisfação termos mais um português num cargo relevante numa organização internacional, como é o caso da União Europeia - uma organização que nos diz tanto e com a qual partilhamos tantas das nossas decisões".


O Primeiro-Ministro afirmou a importância "do espírito de colaboração e cooperação necessários para que, em sede do Conselho Europeu, se alcancem as convergências, consensos e maiorias que são necessárias para que a União Europeia possa avançar na construção de um projeto político de paz, prosperidade económica e de bem-estar para as pessoas".