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2024-06-28 às 9h43

Desafios que a União Europeia enfrenta «impõem lideranças fortes»

Primeiro-Ministro Luís Montenegro com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen num intervalo do Conselho Europeu, Bruxelas, 28 junho 2024 (foto: UE)
Os desafios que a União Europeia enfrenta «impõem lideranças fortes, capazes, que possam conciliar todas as posições, muitas vezes diferentes, dos 27 Estados membros, hoje, e, porventura mais, amanhã», disse o Primeiro-Ministro Luís Montenegro no final do Conselho Europeu que se reuniu em Bruxelas.

Luís Montenegro afirmou que «a União Europeia enfrenta grandes desafios coletivos, que se expressam também em cada um dos Estados-membros, que têm a ver com a necessidade de termos uma economia mais próspera, capaz de criar mais riqueza, mais valor, de enfrentarmos o desafio da demografia, de conciliarmos o crescimento da economia e a gestão da demografia com a salvaguarda do Estado social europeu e do modo de vida europeu».

Estes desafios «vêm de há alguns anos e foram-lhes acrescentados outros como os que enfrentamos na segurança e defesa, no apoio inequívoco, completo e permanente à Ucrânia, na transição ecológica e na transição digital» e de como «as conciliarmos com a necessidade de fazermos crescer a economia e salvaguardarmos o Estado Social e de olharmos com humanismo e respeito pela dignidade das pessoas os fluxos migratórios».

E ainda, «como sempre na União Europeia, preservar a paz, a democracia e o Estado de direito num contexto em que, para além de uma agenda estratégica e dos acréscimos de competitividade, haverá também um alargamento a outros países dos Balcãs ocidentais, à Ucrânia e à Moldova».

O Primeiro-Ministro manifestou «grande regozijo» do Governo e «de todos os portugueses por se ter concretizado a escolha de António Costa para liderar o Conselho Europeu nos próximos dois anos e meio», felicitando António Costa, pelo «apoio muito maioritário na reunião, na qual foram reconhecidas as suas características, que o Governo apresentou, para o exercício deste alto cargo na União Europeia».

Referiu também a importância de que a «proposta do Conselho para a eleição de Ursula von der Leyen pelo Parlamento Europeu, como presidente da Comissão Europeia para os próximos cinco anos, se possa consumar na base de um compromisso político que é já alargado, mas se quer que seja estendido aos que não têm representação no Conselho, mas a têm no Parlamento Europeu».

E apontou a eleição da Primeira-Ministra da Estónia, Kaja Kallas, para o cargo de Alta Representante para a Política Externa e de Segurança e, por via deste cargo, também para vice-presidente da Comissão Europeia».

Luís Montenegro disse que «o Governo português não só o apoiou como se empenhou fortemente» para que o objetivo de eleição de António Costa «fosse alcançado, não apenas porque é português, mas sobretudo porque nas várias personalidades indicadas pelas famílias políticas para cargos de topo, entendemos que António Costa reúne a experiência, a capacidade de diálogo, de concertação, de construção de pontes que é a base, a essência, o fulcro do exercício da função de presidente do Conselho Europeu».

«Este é um dia particularmente feliz para a Europa e para Portugal e é feliz para a Europa porque é feliz para Portugal e é feliz para Portugal porque é feliz para a Europa», disse ainda.

O Conselho Europeu, que reúne os Chefes de Estado ou de Governo dos 27, aprovou a agenda estratégica para 2024-2029, um plano de políticas para definir os objetivos e conduzir a União para eles.

Discutiu ainda o apoio militar e outro à Ucrânia, novas sanções contra a Rússia, o Próximo Oriente, designadamente a solução dos dois Estados para Israel e a Palestina, o incremento das capacidades de defesa, a competitividade, as migrações, a política externa, as ameaças híbridas, o combate ao racismo, xenofobia e antissemitismo, e as reformas internas.