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2024-06-17 às 16h56

«É tempo de colocar as Forças Armadas no centro das preocupações»

Peças de artilharia disparam salvas durante as comemorações do 359.º aniversário da Batalha de Montes Claros. Borba, 17 junho 2024 (foto/Nuno Veiga/Lusa)
«É tempo de se colocar as Forças Armadas de novo no centro das preocupações do poder político e nas prioridades do povo português», afirmou o Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, na comemoração do 359.º aniversário da Batalha de Montes Claros, no concelho de Borba.

«Quero assegurar-vos que, com respeito pelas possibilidades orçamentais, lutaremos pelas respostas possíveis que permitam, como já se reclama há tanto tempo, a dignificação das Forças Armadas, a valorização dos antigos combatentes, a atualização dos incentivos ao recrutamento e retenção de militares», afirmou.

Nuno Melo referiu ainda a capacitação produtiva e tecnológica da indústria na área da defesa, o reforço estratégico das missões internacionais e a modernização e a adequação de equipamentos e de instalações.

Corrigir percurso de desinvestimento

«O mundo alterou-se»: «trava-se uma guerra junto de fronteiras da União Europeia, no perímetro da NATO, há um agravamento da situação no Médio Oriente», pelo que é preciso «ter Forças Armadas preparadas, equipadas, motivadas», sendo esta «uma obrigação de cada um dos membros» da NATO.

Trata-se de corrigir «um percurso de muitos anos em que, infelizmente, não se investiu nas Forças Armadas», afirmando estar a trabalhar, com todo o Governo «para que sejam assegurados recursos que, a começar, permitam justiça em relação às pessoas» dos militares.

Se os militares «não estiverem motivados, nem conseguimos recrutar, nem os conseguimos reter» e, por isso, a prioridade «tem de ser dar melhores condições financeiras à condição militar», através da «valorização da componente salarial».

O Ministro disse ainda que não esquece «os militares do passado», tendo como objetivo de conseguir «melhorar a vida» dos antigos combatentes, «que precisam que lhes seja feita justiça».

E há ainda a necessidade de «se respeitar os compromissos com a NATO», nomeadamente o investimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) na defesa, que o Governo estima atingir cerca de 2030.

Primeira expressão da soberania

Nuno Melo disse ainda que hoje, «como ao longo de quase nove séculos» da existência de Portugal como país independente, as Forças Armadas portuguesas «são a primeira expressão de soberania e a última fronteira da independência» do País.

E, tal como há 359 anos, quando se deu a Batalha de Montes Claros, «a última das cinco grandes vitórias de Portugal contra os espanhóis nas chamadas Guerras da Restauração», no século XXI, Portugal «continua a precisar dos soldados».

O Ministro presidiu à inauguração do Terreiro e Memorial da Batalha de Montes Claros, uma iniciativa promovida pela Fundação Batalha de Aljubarrota.