«Estamos ambos empenhados em dar ainda mais intensidade» à relação Portugal-Alemanha

«Estamos ambos empenhados em dar ainda mais intensidade a uma relação que, do ponto de vista comercial, faz da Alemanha o segundo parceiro mais importante» de Portugal, disse o Primeiro-Ministro Luís Montenegro, numa declaração conjunta com o Chanceler Federal alemão, Olaf Scholz.

Luís Montenegro acrescentou que «temos todas as razões para confiar no reforço das ligações nas relações culturais, económicas e políticas entre Portugal e a Alemanha» numa declaração no final de uma reunião de trabalho com o chefe do Governo alemão, em Berlim.

«Combinámos ambos participar num fórum empresarial que decorrerá aqui em Berlim no fim do ano, ou princípio de 2025, que juntará empresários alemães e que será uma oportunidade para aprofundar os investimentos que as empresas alemãs fazem em Portugal e para dar nota daquilo que as empresas portuguesas aportam à economia alemã», disse, acrescentando que «daremos prioridade aos investimentos na área digital, na área da transição ecológica, na área da inovação».

O Primeiro-Ministro sublinhou que os dois países estão «muito próximos em vários desafios que se colocam à Europa», realçando o apoio que a Alemanha tem dado à Ucrânia, estando «na linha da frente da ajuda» para que a Ucrânia se defenda da agressão russa, que «não traz futuro, nem boas expectativas à Europa e ao mundo».

Luís Montenegro disse também que «o nosso propósito, no Governo, é cumprirmos o calendário de atingir os 2% do valor do nosso orçamento em percentagem do PIB para a área da defesa até 2030», como foi acordado na NATO. «É um calendário ambicioso visto que teremos de recuperar o atraso que se acumulou ao longo dos últimos anos».

«O nosso compromisso com a NATO, com os nossos parceiros, com a Aliança Atlântica é total. Deste ponto de vista, nós compreendemos que não se pode ficar apenas pelas palavras. Este compromisso também tem de se materializar em atos», sublinhou.

O Chanceler alemão, Olaf Scholz, sublinhou que Portugal é um «aliado fiável» e «um bom amigo na União Europeia», agradecendo o apoio que tem dado à Ucrânia, um dos pontos que também foi discutido durante a reunião entre os dois líderes.

Nesta terceira visita ao estrangeiro (antes visitou Espanha e Cabo Verde) o Primeiro-Ministro foi acompanhado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.