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2024-05-10 às 11h59

Governo tem «intenção muito firme» de concluir negociação das carreiras das forças de segurança

Primeiro-Ministro Luis Montenegro, Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e Diretor Nacional da PSP, Luis Carrilho, Lisboa, 10 maio 2024 (foto: Miguel A. Lopes/Lusa)
Primeiro-Ministro lembrou que há centenas de milhar de funcionários públicos na situação dos polícias e guardas


«Para termos capacidade de recrutar mais pessoas para a carreira policial, para reter mais pessoas na carreira policial temos de dar atratividade à carreira, temos de a valorizar, num contexto difícil em que infelizmente temos esse problema de forma transversal em toda a administração pública», disse o Primeiro-Ministro Luís Montenegro na cerimónia de posse do Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), em Lisboa.

Na administração pública, «são centenas de milhares de prestadores de serviço público que se encontram na mesma circunstância», pelo que «qualquer alteração provoca uma mexida muito substancial nas nossas contas e na nossa gestão orçamental», afirmou.

Cenários irrealistas

Porém, se isto não faz «diminuir a vontade» ou «a pré-disposição do Governo» para valorizar as carreiras de forças de segurança, «não vale a pena alimentar a opinião pública com cenários irrealistas, isso é indutor de uma relação de desconfiança quando dizemos à sociedade que podemos uma coisa que não podemos ter. Vamos, no momento seguinte, frustrar a sociedade», disse.

Luís Montenegro afirmou que o Governo tem a «intenção muito firme de, a breve prazo», dar «boa sequência às negociações que foram encetadas com sentido de responsabilidade» e conduzidas de forma «empenhadíssima», pela Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.

«Nós, no Governo, somos governo a todo o tempo e os agentes de segurança também, estejam em funções na rua, em funções associativas ou sindicais à mesa das negociações», disse, acrescentando que «este não é o tempo de entrevistas, de recados através da comunicação social», mas do trabalho de casa.

Equipamentos

O Primeiro-Ministro referiu também que a valorização das carreiras e dos agentes da PSP também se faz com formação e condições de trabalho, afirmando que «as condições físicas e os equipamentos disponibilizados a muitos operacionais são indignos da assunção de responsabilidades para exercer a autoridade em nome do Estado».

Por isto, o Governo, «o mais rápido que for possível dentro dos constrangimentos económico-financeiros», vai «superar o patamar mínimo do que é exigível» para que as forças de segurança possam exercer a autoridade em nome do Estado.

Além da Ministra da Administração Interna, que conferiu posse ao Diretor Nacional Luís Carrilho, estiveram também presentes a Ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, e o Secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia.