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2024-04-11 às 20h30

Ministro da Educação anuncia reuniões com professores na próxima semana

Fernando Alexandre no debate parlamentar sobre o Programa do Governo. Lisboa, 11 de abril de 2024. (Foto: Lusa/António Cotrim)

O Ministro da Educação, Ciência e Inovação anunciou, no debate parlamentar sobre o Programa do Governo, que na próxima semana terão início as negociações com os professores para a recuperação do tempo de serviço. «A instabilidade que se tem vivido nas escolas tem de ser ultrapassada rapidamente. É urgente encontrar uma resposta para as justas reivindicações dos professores», sublinhou Fernando Alexandre.


Na intervenção na Assembleia da República, o titular da Educação referiu que o «Estado tem a obrigação de assegurar a igualdade de oportunidades no acesso a uma educação de qualidade», considerando que a «falta de soluções reformistas dos últimos anos, num contexto de previsível envelhecimento do corpo docente e escassez de professores, prejudicou o funcionamento das escolas e as aprendizagens dos alunos».  Em meados de março «32 977 alunos tinham pelo menos uma disciplina sem professor», uma situação que  «não é aceitável»: «A aprendizagem é um processo cumulativo, as falhas num disciplina ou num ano escolar colocam em causa o sucesso do aluno, com implicações muito graves para o seu futuro». 


«Nenhum aluno e nenhuma família deve ser limitada no seu potencial futuro só porque teve o azar de ser colocado numa escola onde faltam recursos e professores», prosseguiu Fernando Alexandre, antes de anunciar que a criação de um plano de recuperação das aprendizagens será um dos principais objetivos do Governo para a área da Educação:  «Temos o dever de não deixar ninguém para trás, é isso que as famílias esperam». 


As competências digitais são hoje determinantes e este é também um eixo de ação para os próximos anos, disse ainda o ministro, que defendeu também que «realizar as provas digitais nas condições atualmente existentes em muitas escolas seria uma irresponsabilidade e mais um passo para agravar as já muito elevadas desigualdades».