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Notícias

2025-03-18 às 13h46

OGMA criou 600 empregos e duplicou volume de negócios

20 anos de privatização da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal
Primeiro-Ministro Luís Montenegro cumprimenta trabalhadores da OGMA no 20.º aniversário da privatização da empresa, Vila Franca de Xira, 18 março 2025 (foto: Gonçalo Borges Dias/GPM)
A OGMA, Indústria Aeronáutica de Portugal, criou mais de 600 postos de trabalho diretos e duplicou o volume de negócios de 140 para 290 milhões de euros nos 20 anos desde que o Estado privatizou 65% do capital e entregou a gestão à empresa aeronáutica brasileira Embraer.

E agora está «a perspetivar, em cinco anos, triplicar de 290 para 1 000 milhões de euros», nomeadamente devido à manutenção dos motores, disse o Primeiro-Ministro Luís Montenegro na cerimónia do 20.º aniversário da privatização da empresa OGMA em Alverca, Vila Franca de Xira.

A privatização das OGMA é um exemplo. Há 20 anos, no Governo do Primeiro-Ministro Durão Barroso, a empresa pública estava num impasse e enfrentava a possibilidade de encerramento, mas quando a privatização foi decidida «não era nada consensual a decisão que se estava a tomar», lembrou Luís Montenegro. 

«Havia dúvidas, muitos manifestavam o seu pessimismo relativamente ao modelo que estava a ser sugerido e que viria depois a ser decidido, desta autêntica Parceria Pública Privada», pois o Estado continua a deter 35% do capital.

Contudo, «às vezes, de facto, vale a pena enfrentar algumas ondas contestatárias, vale a pena arriscar, vale a pena ousar, cumprir uma convicção, um modelo, claro, com sustentação. Não estamos a falar de aventuras, estamos a falar de projetos sustentados, estudados, alicerçados», acrescentou.

Investimento na defesa

Nos próximos anos, haverá «um caminho de afirmação dos investimentos na área da defesa muito significativo», disse o Primeiro-Ministro – a União Europeia está a dar os últimos passos para aprovar um pacote de financiamento de 150 mil milhões de euros, que deverá estar concluído no Conselho Europeu de 20 e 21 de março.

«Gastar mais dinheiro na defesa não significa comprar mais, significa estimularmos a nossa capacidade produtiva para produzirmos mais e também comprarmos mais à nossa própria indústria. É isso que nós queremos, à escala portuguesa e dentro do contexto europeu. Nós temos de comprar mais uns aos outros dentro da Europa», disse.

O Primeiro-Ministro Luís Montenegro esteve acompanhado pelos Ministros da Defesa Nacional, Nuno Melo, e da Economia, Pedro Reis.