Portugal apresentou a candidatura a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para a eleição de 2026 para 2027/28, sob o lema «Prevenção, Parceria, Proteção», em Nova Iorque.
O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, disse que Portugal apresentará uma «diplomacia preventiva», «fará pontes» e apostará na proteção.
«Temos três principais lemas para esta campanha: Por um lado, a ideia de prevenir e evitar conflitos. Portanto, estar no Conselho de Segurança com aquilo que chamamos de diplomacia preventiva. Em segundo lugar, fazer pontes, sermos parceiros». «No plano internacional, e diria mesmo no plano mundial, o Estado português é conhecido por essa capacidade de fazer pontes em todos os continentes - da Oceânia à Ásia, da África às Américas ou na Europa».
E «Portugal tem aquilo a que se chama de ‘soft power’, tem uma grande capacidade de poder suave, portanto de fazer pontes. Isso é muito relevante não apenas nas questões de segurança, mas também em agendas como, por exemplo, a reforma das finanças internacionais, de forma a que a dívida dos países mais pobres, como no caso de África, possa ser reestruturada. E depois também teremos a ideia da proteção», acrescentou.
Portugal tem como adversários diretos a Alemanha e a Áustria, na disputa pelos dois lugares de membros não permanentes atribuídos ao grupo da Europa Ocidental e Outros Estados.
Portugal tem como vantagem e diferenciação a «vocação mais atlântica, a vocação mais marítima, a vocação mais universalista», e «uma presença importante nas Américas e em África, e de uma tradição grande na Ásia», que são «ativos muito relevantes».