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2024-07-17 às 10h52

Portugal está em transformação e com confiança

Primeiro-Ministro no debate do estado da Nação
Primeiro-Ministro Luís Montenegro no discurso sobre o estado da Nação, Assembleia da República, 17 julho 2024 (foto: Gonçalo Borges Dias/GPM)
O Primeiro-Ministro Luís Montenegro afirmou que «a marca deste Governo» é «cumprir o que se promete» e «materializar a mudança que os cidadãos quiseram», «para fazer uma mudança segura» e «a diferença na vida das pessoas, em cada mulher e cada homem que vê nestas decisões algum dos seus problemas resolvidos para poder ter uma vida melhor».

Na sua intervenção de abertura do debate sobre o estado da Nação, o Primeiro-Ministro disse que «106 dias depois da tomada de posse do Governo e 96 depois dias após a sua investidura parlamentar, este debate do estado da Nação permitirá tirar quatro conclusões».

Em transformação

«A primeira é que a Nação está em transformação, a segunda é que a Nação vive com confiança, a terceira é que a Nação tem e vai continuar a ter a execução de um programa de mudança, a quarta é que a Nação tem muita confusão na oposição», acrescentou.

Luís Montenegro ilustrou que «a primeira conclusão é que a Nação está em transformação», referindo todas as áreas nas quais o Governo já tomou decisões. 

Trata-se de «uma transformação estratégica, estruturante, ambiciosa e realizável, uma transformação tranquila que se funda na decisão que o povo português tomou, na política que o povo português apoia e na execução de um Programa de Governo que o povo português não quer interromper», disse.

Com confiança

A Nação vive hoje com confiança, confiança nas instituições, confiança na responsabilidade, confiança na palavra dada» referindo os compromissos assumidos nas eleições, na tomada de posse do Governo e aos representantes do povo na Assembleia da República.

Na Assembleia, «assumi 9 compromissos para os primeiros tempos da governação», disse, listando-as e sublinhando a cada um: «palavra dada, palavra honrada». Foram eles: 
  • a proposta de lei de baixa do IRS sobre o trabalho, em especial, da classe média, que a oposição chumbou; 
  • ter o Estado a pagar aos seus fornecedores num tempo máximo de 30 dias, até final da legislatura;
  • acelerar a execução dos fundos europeus, desbloqueando o que estava retido, pedindo novo pagamento e aumentando a fiscalização e a transparência:
  • conversações com professores, forças de segurança, guardas prisionais, oficiais de justiça, e profissionais de saúde, já com muitos acordos subscritos;
  • novas bases para o aumento dos rendimentos, produtividade e competitividade na Concertação Social, que está em curso;
  • adoção de agenda anticorrupção através de diálogo político com os grupos parlamentares que foi concluído;
  • provas do 9.º ano em formato de papel para garantir igualdade de oportunidades a todos os estudantes e as provas foram realizadas;
  • nova estratégia para a habitação, revogando o arrendamento forçado e promovendo a isenção da IMT e IS na compra da primeira habitação para os jovens;
  • revogar decisões injustas no alojamento local, permitindo que as famílias que investiram poupanças recebam o seu retorno.
Responsabilidade

O Primeiro-Ministro referiu-se ainda às circunstâncias políticas da ação do Governo, cujo programa passou no Parlamento há 96 dias, permitindo-lhe assim entrar em funções, afirmando que «não rejeitar o Programa do Governo não significa uma adesão ao seu conteúdo, mas é um ato que tem consequências políticas». 

«Uma coisa é fazer oposição, criticar e fiscalizar o Governo», apresentar alternativas», disse, sublinhando que «outra coisa, é governar no parlamento contra o programa que se viabilizou no parlamento. Isso é inadmissível, desleal e não é séria na atividade política».

Luís Montenegro disse que «até ao dia em que os deputados decidirem aprovar uma moção de censura ao Governo – se algum dia o decidirem –, as oposições, para além do seu trabalho político [de criticar e fiscalizar o Governo] têm o dever de lealdade com os portugueses de nos deixarem governar e não quererem governar em arranjos irresponsáveis e oportunistas no Parlamento».

Afirmando a abertura do Governo para o diálogo e a negociação com as oposições, destacou, contudo, que «não há um programa alternativo se os deputados não tiverem coragem de gerar uma maioria para o viabilizar neste parlamento».