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2024-08-08 às 19h34

Primeiro-Ministro recusa «vender ilusões» sobre estado do SNS apesar das melhorias

Primeiro-Ministro Luís Montenegro cumprimenta médicos, enfermeiros e funcionários da urgência obstétrica e pediátrica do Hospital de Santa Maria, Lisboa, 8 agosto 2024 (foto: Mariana Branco)
O Primeiro-Ministro Luís Montenegro afirmou recusar-se a «vender ilusões» aos portugueses sobre o estado do Serviço Nacional de Saúde, acrescentando que o SNS que o atual Governo herdou estava «absolutamente caótico e sem vislumbrar as melhorias de que carecia».

Luís Montenegro fez esta declaração no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde, acompanhou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa visita à maternidade hospitalar, na qual estiveram também presentes os Ministros de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e da Saúde, Ana Paula Martins.

«Seria absolutamente irresponsável e irrealista dizer que as urgências estão a funcionar bem e que há capacidade de resposta plena. Nós sabemos que não há. Nós esperamos no próximo verão, com o trabalho que vamos desenvolver durante este ano, não ter os problemas que estamos a ter este verão e sobretudo aqueles que tivemos nos últimos oito anos», disse.

Cirurgias oncológicas

Luís Montenegro afirmou que «estamos a cumprir as nossas prioridades. Elencámos como prioritário recuperar a lista de espera dos doentes oncológicos e (…) todos aqueles que tinham ultrapassado o tempo máximo de resposta, ou foram operados, ou têm as suas cirurgias agendadas para as próximas semanas».

A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, referiu que a 30 de abril a lista de espera era de 9 374 doentes oncológicos e que foram operados em quatro meses cerca de 20 mil doentes, acrescentando que foi «conseguido pela primeira vez» que todos os doentes com cancro acima do tempo máximo de resposta garantida estão operados ou agendados.

O programa OncoStop, que previa a regularização das listas de espera para cirurgia oncológica, foi uma das medidas urgentes do Plano de Emergência e Transformação na Saúde, que integra 54 medidas - urgentes, prioritárias e estruturantes -, com o objetivo de garantir o acesso a cuidados de saúde ajustados às necessidades da população.

Grávidas encaminhadas

O SNS24 Grávida registou «19 050 chamadas de mulheres grávidas, que em vez de andarem à procura de um serviço de urgência disponível, foram encaminhadas para equipas que estavam já à sua espera para as atender», referiu Luís Montenegro.

O Primeiro-Ministro disse que «as grávidas portuguesas têm razões para estar hoje mais seguras do que estavam há meio ano atrás» e «eu quero dizer-lhes que vão ter razões para estar ainda mais seguras daqui a um ano».

«Depois de sabermos isto, a pergunta que eu lanço às portuguesas e aos portugueses é: Estamos com mais ou menos capacidade de resposta? Estamos com mais capacidade de resposta. É suficiente para dar a todos o acesso que nós queremos garantir? Não, não é suficiente. Ainda é preciso fazer muito mais», sublinhou.