O Primeiro-Ministro Luís Montenegro
visita oficialmente Angola durante três dias, destacando-se a reunião de trabalho com Presidente da República de Angola, João Lourenço, no dia 23, o primeiro dia da visita.
A visita tem o objetivo de fortalecer as relações políticas, económicas e culturais e tornar mais regulares e intensos os contactos entre os Governos dos dois países irmãos.
O Primeiro-Ministro é acompanhado pelos Ministros de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e da Economia, Pedro Reis, e pelos Secretários de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Nuno Sampaio (em representação do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que se encontra no Rio de Janeiro na reunião do G20), e do Tesouro e das Finanças, João Silva Lopes.
A visita começa com a deposição de uma coroa de flores no Memorial Agostinho Neto, o primeiro Presidente da República de Angola, seguindo-se a reunião de trabalho com João Lourenço, enquanto as delegações dos dois países se reúnem, também no Palácio Presidencial, que terminará com intervenções dos dois Chefes de Governo, Luis Montenegro e João Lourenço, e a assinatura de vários acordos, uma conferência de imprensa, seguido de um almoço oficial.
Luís Montenegro e João Lourenço tinham já estado reunidos em Lisboa quando das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, tendo então o Primeiro-Ministro sido convidado a visitar Angola.
Durante a tarde, Luís Montenegro visita a Escola Portuguesa de Luanda, a Fortaleza de São Miguel, uma fortificação militar do século XVI que alberga o Museu de História Militar e encontra-se com a comunidade portuguesa.
O dia 24 será centrado na parte económica, começando com visitas a duas empresas: a Powergol, com origem em Braga e que opera na área da energia e equipamentos elétricos (com foco na formação de quadros), e a Refriango, empresa angolana líder na produção de bebidas.
À tarde, o Primeiro-Ministro português visita, na Feira Internacional de Luanda (FILDA) o pavilhão de Portugal e stands de empresas portuguesas (mais de uma centena de empresas estão representadas) angolanas, e encerra o Fórum de Negócios Angola-Portugal, dedicado ao setor agroalimentar, onde discursam também o Ministro da Economia português, Pedro Reis, e o Ministro para a Coordenação Económica de Angola, José Lima Massano.
No dia 25, o último da visita, Luís Montenegro desloca-se à província de Benguela, para conhecer o projeto de desenvolvimento mais emblemático do país, o Corredor do Lobito, financiado pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
O Corredor do Lobito liga as províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico e integra como infraestruturas o porto do Lobito, o terminal mineiro, o aeroporto de Catumbela e o Caminho-de-Ferro de Benguela, estendendo a ligação até às áreas de mineração da Copperbelt, na Zâmbia, e Katanga, na República Democrática do Congo, promovendo a exportação mais rápida e competitiva de cobalto, cobre e outros minérios destes países.
O Primeiro-Ministro começará por se reunir com o Governador da Província de Benguela, Luís Manuel da Fonseca Nunes, visitando de seguida as futuras instalações do Consulado-Geral de Portugal.
Seguidamente, deslocação à maior central solar fotovoltaica de Angola, central solar do Biópio, ao porto da cidade do Lobito, aos caminhos de ferro de Benguela e à Lobito atlantic railway (LAR), o consórcio constituído pela Trafigura, Mota-Engil e Vecturis que tem a concessão por 30 anos.
Luís Montenegro regressa ao final da tarde a Luanda, onde se realiza a cerimónia de despedida, no Palácio Presidencial, havendo ainda uma declaração à imprensa e um jantar oferecido pelo Embaixador de Portugal em Luanda, Francisco Alegre Duarte.