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2024-11-27 às 12h26

«Queremos um País que reconheça os que fazem melhor»

Receção aos vencedores portugueses do WorldSkills International
Primeiro-Ministro Luís Montenegro conversa com vencedores portugueses do World Skills International, Lisboa, 27 novembro 2024 (foto: Maria Costa Lopes)
«Queremos um País que reconheça os que fazem melhor, que ultrapassam o que já foi feito, que inovam, que obtém melhores resultados, que se diferenciam por atingirem a excelência, os que são os melhores entre os melhores», disse o Primeiro-Ministro Luís Montenegro na receção aos vencedores do World Skills International, em Lisboa.

World Skills é um campeonato mundial de profissões no qual participaram este ano 64 países. Portugal participou com 13 concorrentes, tendo alcançado a distinção de equipa de excelência, o que assegurou aos competidores portugueses a 13.ª posição na classificação mundial e 7.ª na europeia, referiu a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, na receção do Governo aos vencedores do campeonato.

Fazer bem e ser bom

Luís Montenegro afirmou que «em nome do Governo de Portugal quero reconhecer o vosso mérito, dedicação, entrega e o vosso resultado», e com isto «estamos a evocar a dignificação e o reconhecimento do ensino profissional», «a reconhecer o fazer bem e o ser bom».

«Temos muito orgulho no que fizeram em nome de Portugal, no âmbito de uma concorrência muito grande, demonstrando que fazemos tão bem como os outros e em muitos casos melhor», disse ainda. 

O Primeiro-Ministro disse também que o projeto World Skills «serve de incentivo a muitas mulheres e homens que vão ao encontro da sua vocação, que fazem o que querem e o que gostam».

Bom retorno

Afirmando que «um País justo e equilibrado e desenvolvido economicamente, precisa de todas as áreas de formação, do conhecimento académico, científico, técnico e tecnológico e de bons executantes», acrescentou que «os bons executantes devem ter um retorno do seu trabalho», e «para o País, é tão importante ter bons médicos ou engenheiros, como ter bons cabeleireiros ou bons profissionais do turismo, bons soldadores, serralheiros, carpinteiros, eletricistas».

Quando «temos o desígnio de lutar contra uma curva demográfica em que somos cada vez menos», «estamos a ombrear com outros países que não subestimam o ensino profissional», «estamos a competir num mercado aberto e numa Europa que quer reindustrializar-se», «temos de colmatar as lacunas de pessoas qualificadas no mercado de trabalho, temos de premiar o exemplo, a excelência, o resultado», disse.

Premiar o desempenho

O Primeiro-Ministro referiu também a vontade do Governo, proposta no Orçamento do Estado para 2025 de «dar às entidades empregadoras, empresas, instituições sociais, Administração Pública, a possibilidade de atribuir um prémio de desempenho, produtividade, resultados, isento de contribuições e impostos até ao limite de um salário». 

Embora esta medida tenha «muito impacto financeiro», «é uma questão de princípio, de cultura, de mentalidade que queremos imprimir ao País», o sinal de que «vale a pena trabalhar bem para ter o retorno desse trabalho».

«Tempos houve em que esta mentalidade não era dominante», mas «quando começaram a faltar técnicos para preencher os vossos lugares, a lei do mercado operou a valorização do trabalho» destas profissões, disse sublinhando que «o nosso dever é não esperar que tenha de ser a lei do mercado a resolver».