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2024-09-27 às 21h43

Turismo em Portugal é um "duplo sinal de esperança"

Intervenção do Primeiro-Ministro na VII Cimeira do Turismo Português
Primeiro-Ministro Luís Montenegro na VII Cimeira do Turismo Português, Mafra, 27 setembro 2024 (Foto: Diana Quintela/Portal do Governo)
O Primeiro-Ministro Luís Montenegro começou por elogiar a Confederação do Turismo de Portugal pelo papel que tiveram em vender o país "não apenas como um ponto de passagem, mas como um ponto de destino para uma oferta turística diversificada", que não assenta só no sol e na praia, mas aproveita "todo o potencial do território, todo o potencial do património".
Luís Montenegro discursou esta tarde, em Mafra, no encerramento da VII Cimeira do Turismo Português, organizada pela Confederação do Turismo de Portugal.
 
Turismo é uma porta para o futuro
Luís Montenegro aludiu aos muitos elogios que recebeu, durante a sua visita a Nova Iorque, para a Assembleia Geral das Nações Unidas, de "empresários" e "visitantes" que ficaram "encantados" com Portugal.
O Primeiro-Ministro aproveitou para destacar o valor da "marca Portugal" e o "destino Portugal" para os "cidadãos norte-americanos, portugueses emigrados e lusodescendentes", referindo ainda que considera isso um "duplo sinal de esperança".
Por um lado, no "crescimento do turismo em Portugal", mas também no país como um "exemplo de excelência nas áreas da economia, da ciência do conhecimento, da inovação e da investigação".
"A minha visão do turismo não se esgota no turismo, o turismo é importante em si mesmo, mas o turismo é uma porta, é uma vitrine da capacidade do país se afirmar no contexto de outras áreas de atividade económica e isso tem um valor que eu não posso aqui deixar de enaltecer", disse o Primeiro-Ministro.
 
Crescimento económico
Luís Montenegro mencionou os vários apoios do Governo para "sustentar o crescimento" e para "ir mais longe nas infraestruturas".
"Temos apoiado medidas de capitalização das empresas, apoios ao investimento, apoios à aquisição de equipamentos, apoios à requalificação do património, apoios à dinamização das escolas de hotelaria e à valorização da formação profissional enquanto elemento fundamental de competitividade", sublinhou.
O Primeiro-Ministro destacou ainda a importância da TAP como um "elemento fundamental da política económica, social e turística" portuguesa, dizendo não abdicar dessas "rotas estratégicas".
Para o Primeiro-Ministro, o Governo não substituiu as empresas, apenas deve "facilitar a vida às empresas" e impulsionar cada empreendedor, dando apoio no âmbito "das infraestruturas, dos equipamentos, das políticas fiscais, das políticas de licenciamento" e das "políticas laborais".
"A nossa obrigação é não criar entraves, é criar um ecossistema onde tudo isto possa convergir para a valorização das nossas empresas, de todas as áreas, incluindo o alojamento local", reiterou Luís Montenegro.
 
Descida dos impostos
O Primeiro-Ministro referiu também no seu discurso a descida do IRC e IRS e a execução do PRR como "instrumentos de política económica fundamentais" para o país "ser mais competitivo", sublinhado ainda a importância destes para trazer mais "pessoas disponíveis para trabalhar em Portugal" e "mais investimento para as empresas".
"Eu não penso no IRC para ter receita, eu penso no IRC para que as empresas criem riqueza para pagar melhores salários e para poderem ter mais disponibilidade para investir", disse Luís Montenegro, pontuando que é preciso "desagravar o esforço fiscal das empresas" para haver "mais investimento" e "para sermos mais competitivos".
Ainda em matéria de impostos, Luís Montenegro destacou a importância da descida dos impostos sobre o rendimento do trabalho das pessoas como uma "condição para um país mais produtivo" e para "reter talento", particularmente entre os mais jovens e altamente qualificados.
"Eu acredito que se nós fizermos tudo isto, nós podemos ter uma economia mais competitiva, mais pujante, com empresas a crescer e a pagar melhores salários e a poder também disponibilizar parte das suas receitas e dos seus lucros para o reinvestimento", terminou o Primeiro-Ministro.